Por
Raquel Madi
Se você anda se perguntando
"Meu cachorro come cocô, o que devo fazer?", saiba que este ato é
muito comum. O fato do cachorro comer cocô, principalmente quando ainda
filhote, é uma alteração animal que existe várias teorias do seu motivo, mas a
questão ainda vai muito do protocolo de cada veterinário.
Para a coprofagia (nome correto
do ato do cachorro comer cocô), existem vários fatores que podem causá-lo, como
fatores enzimáticos, enzimas pancreáticas, pancreatite crônica etc., mas na
maioria das vezes são fatores comportamentais, para chamar atenção do dono ou
inclusive ansiedade.
A superalimentação também pode
causar a coprofagia em cães. O animal recebe alimentação em grande quantidade
uma vez ao dia, o que causa sua má digestão e logo quando estiver com fome fará
o cachorro comer cocô.
Um erro comum é a punição
excessiva quando o animal defeca em um local inapropriado. O dono briga com o
cão, que então come o coco para evitar uma nova represaria.
Na maioria das vezes que o seu
cachorro come fezes está ligado ao comportamento do animal, seja para chamar a
atenção do dono ou um costume antigo.
O cachorro pode comer cocô até
para “ajudar”, por exemplo, quando ele defeca, imediatamente o dono retira as
fezes, isso o faz pensar que as fezes não devem ficar ali, então após defecar
ele come o coco.
A grande dica para o
treinamento do seu cachorro a parar de comer seu próprio cocô é ensinando o
"não", ou seja, o estímulo negativo toda vez que ele for no ato,
brigando ou assustando o cão.
Uma vez estabelecido que comer
coco é errado, não se deve retirar as fezes na frente do animal. Quando o
animal defecar, não retire as fezes imediatamente, apenas observe.
Caso ele tente comer o coco
novamente, faça o estímulo negativo e retire o animal do recinto quando
realizar a limpeza.
Conheça, a seguir, os
principais motivos que influenciam a coprofagia, saiba que tipo de problemas
esse hábito pode trazer para o seu pet e como agir para evitar que ele continue
com o comportamento:
Coprofagia-como-prevenir
As causas da coprofagia
Conforme explicado
anteriormente, a coprofagia pode tanto ter motivações comportamentais como
metabólicas, e identificar a origem do problema é uma das primeiras
providências a se tomar para poder excluir esse hábito da vida de um pet.
Como sempre ressaltamos, a
visita a um médico veterinário, neste momento, é fundamental – já que, somente
um profissional poderá distinguir com clareza as causas desse comportamento e
indicar o tratamento mais adequado.
Embora, na maioria dos casos de
coprofagia, o cachorro coma as suas próprias fezes; há muitas ocasiões em que o
cocô ingerido é de origens diferentes, e os cachorros podem comer tanto as
fezes próprias como as de seus filhotes, de outros animais (como gatos ou
outros cães) e até de seres humanos.
Mesmo sendo bastante difícil a
identificação da origem do problema, testes e exames mais profundos podem
apontar uma motivação mais concreta se o caso for desencadeado por uma
deficiência nutricional – no entanto, a maioria das ocorrências desse hábito
tem uma fundamentação comportamental, tornando as causas indeterminadas e até
mais complicadas de resolver.
Abaixo, você conhece algumas
das principais situações que podem influenciar no aparecimento da coprofagia em
cães:
Fome: tendo em vista que as
fezes não são repugnantes para os cães, eles podem acabar comendo-as pelo
simples fato de estarem fome e não terem alimentos apropriados disponíveis.
Deficiência nutricional: a
carência nutritiva no cachorro pode fazer com que ele busque nutrientes nas
fezes de outras espécies, que podem ser consideradas pelo animal, até mesmo,
como um petisco.
Deficiência de enzimas
digestivas e pancreáticas: nestes casos, o fornecimento adequado das enzimas
que faltam ao animal já pode resolver o problema.
Má digestão: a ingestão
exagerada de alimentos pode fazer com que não sejam digeridos de maneira
correta. Com isso, o cocô cheio de alimentos pode se tornar atraente para um
cachorro com fome.
Vermes: a presença de vermes
pode levar o cão a uma deficiência nutricional, desencadeando a coprofagia.
Filhotes recém-nascidos:
cadelas que acabaram de dar cria tendem a se alimentar das fezes de seus
filhotes para manter o ninho limpo.
Tédio, ansiedade e estresse:
esses tipos de sentimento podem contribuir para o aparecimento de uma série de
comportamentos estranhos dos cães, incluindo a coprofagia.
Cães que ficam presos ou
sozinhos durante períodos muito longos tendem a desenvolver o problema com mais
frequência.
Falta de atenção dos donos: o
animal pode comer as próprias fezes para chamar a atenção do dono, já que,
quando isso ocorre, ele se torna o centro das atenções para seu proprietário
(mesmo que seja alvo de reprimendas).
Punição excessiva: quando o
cachorro defeca no local errado e é muito punido por isso, pode acabar comendo
seu próprio cocô para evitar novas broncas.
Distribuição errada de espaço
para o animal: manter muito próximos os locais em que o cachorro dorme, se
alimenta e faz suas necessidades pode levar a este tipo de comportamento,
fazendo com que o animal coma suas fezes para manter o espaço mais limpo.
Os riscos da coprofagia em cães
que se alimentam das próprias fezes não são tão grandes quanto os dos pets que
ingerem os excrementos de outros animais – já que, ao comer o cocô de outros
cachorros ou gatos, o bicho corre o risco de ser contaminado por bactérias,
parasitas, vermes, zoonoses e uma série de outros problemas que podem ser
encontrados nas fezes de tais animais, prejudicando a sua própria saúde e até
mesmo a de seus donos (ou outros animais com que tenha um contato mais direto).
Embora as consequências deste
hábito possam ser simples e fáceis de tratar – como uma diarreia - também há
casos em que a ingestão de fezes de outros animais pode provocar o surgimento
de doenças perigosas e até fatais.
Portanto, buscar uma solução
para o problema deve ser algo no foco de atenção de todo dono de pet com
coprofagia.
Como evitar a coprofagia
Consultar um médico veterinário
é a primeira medida que deve ser tomada ao notar esse comportamento no seu pet,
para que um diagnóstico preciso possa ser feito e o tratamento mais adequado
seja indicado.
Caso a origem do problema seja
alguma doença ou deficiência nutricional, a exclusão do problema e a adoção de
uma dieta mais completa já podem ser o suficiente para acabar com o hábito; no
entanto, motivações comportamentais exigem mais cuidados.
Coprofagia-como-evitar
Confira, abaixo, algumas dicas
valiosas para controlar o hábito do seu pet canino de comer cocô:
Evite deixar que sujeira e as
necessidades do cão se acumulem nos ambientes em que ele circula.
Evite brigar demais com o cão
quando ele urina ou defeca em locais errados, e busque técnicas de adestramento
para impedir que isso aconteça, ao invés de ser agressivo com o animal.
Mantenha o animal na coleira
enquanto ele faz suas necessidades, e o distraia quando terminar para que não
busque as próprias fezes.
Alimente seu pet com uma dieta
balanceada e três refeições diárias, impedindo a carência de nutrientes e a má
digestão.
Leve seu pet ao veterinário com
frequência para a realização de check-ups de rotina.
Mostre ao cão que aquele hábito
é errado, chamando sua atenção com um alto e sonoro “não” toda vez que ele
repetir o comportamento.
Crie uma rotina de distrações
para o animal sempre que ele fizer suas necessidades; oferecendo petiscos,
brinquedos e carinhos para desviar sua atenção das fezes.
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