Assim como quaisquer
outros animais, os felinos tem tendências a uma série de complicações
específicas ao longo de suas vidas, e as doenças de gatos mais comuns somam dez
problemas bastante incômodos, que devem ser prevenidos e tratados de maneira
adequada para que os bichanos possam ter qualidade de vida.
As funções
respiratória e renal são algumas das mais afetadas no que diz respeito às
doenças de gatos mais frequentes e, portanto, devem estar sempre no foco das
atenções de quem conta com um bichano de estimação em casa. O trato urinário e
intestinal dos felinos também são propensos a algumas complicações bastante
comuns, e as doenças transmitidas por meio de vírus diversos também fazem parte
da lista de problemas que devem contar com atenção especial.
Insuficiência renal
crônica, doenças do complexo respiratório e do trato urinário felino,
verminoses, retroviroses, micoplasmoses, intoxicações, inflamações intestinais,
linfomas alimentares e hepatopatias formam o conjunto das doenças mais comuns
em gatos e, com isso em mente, elaboramos um guia simples e prático para que os
donos de bichanos entendam um pouco mais sobre essas complicações, tendo
condições para identificar os problemas o quanto antes e buscar a solução mais
adequada.
Nunca é demais lembrar
que, ao perceber qualquer sinal de doença ou mudança brusca de comportamento no
seu felino, a visita a um profissional veterinário se faz extremamente
importante; já que, somente ele terá condições reais de avaliar e diagnosticar
as complicações, assim como indicar o melhor e mais adequado tratamento para elas.
Confira, abaixo, a descrição completa da lista de doenças mais comuns em gatos,
suas formas de prevenção e tratamento mais frequentes.
Insuficiência Renal Crônica
Causada por fatores
que podem incluir inflamações, cistos ou a alteração natural dos rins do
felino, a Insuficiência Renal Crônica em gatos aparece de maneira lenta e
silenciosa; dificultando que os donos do bichano notem a sua presença e
atrasando a definição de um diagnóstico preciso.
Cálculos renais e
infecções urinárias são algumas das consequências mais comuns nos bichanos com
esse tipo de problema, e o aumento da ingestão de líquidos e do volume urinário
estão entre os primeiros e principais sintomas de que possa haver alguma
complicação nos rins do felino.
Infelizmente, na
maioria dos casos, a insuficiência renal em gatos só começa a manifestar
sintomas mais claros quando atinge níveis avançados do desenvolvimento da
doença, como vômitos, apatia, diarreia escura, úlceras, desidratação, perda de
apetite, enjoos e urina com cor esbranquiçada ou alaranjada.
Mais comum em felinos
de idade avançada, o problema pode acometer bichanos de qualquer idade, sendo
que, quanto antes a complicação for notada, mais rápido e eficiente será o
tratamento e a recuperação do animal.
Sem cura, a doença
pode ter seus sinais bastante amenizados por meio do tratamento adequado (que
inclui a reposição de líquidos no corpo desidratado do animal), e suas piores
consequências também podem ser retardadas – sendo que a prevenção do problema
pode ser feita por meio da administração de uma dieta bastante úmida para o
felino desde pequeno.
Complexo Respiratório Felino
Rinotraqueíte viral
(também conhecida como Gripe de Gato) e Calicivirose são as principais doenças
do complexo respiratório felino e, além de causarem muito incômodo por causa de
seus sintomas, podem levar os gatos à morte quando não tratadas da maneira
correta. Transmitida pelo Herpesvírus, a doença se propaga por meio do contato
direto entre um animal saudável e um infectado, assim como pelo uso comum de objetos
que possam conter secreções de um gato contaminado pelo vírus.
Prevenidas por meio da
vacinação polivalente Tríplice ou Quádrupla, as doenças respiratórias nos
felinos se manifestam de variadas formas, podendo ocasionar depressão, falta de
apetite, febre e corrimentos nasais e oculares no bichano. Quanto mais jovem
for o felino acometido pela doença, piores podem ser as suas consequências e
sintomas, sendo que a perda da visão e até mesmo o óbito são possibilidades
reais quando o problema não é tratado imediatamente.
O tratamento pode
incluir desde antibióticos para evitar a contaminação por outras doenças
oportunistas até a simples ventilação e limpeza de ambientes em que o gato
conviva (além da higienização das partes afetadas no felino, como olhos e
nariz). Portanto, ao perceber qualquer sinal da doença, marque uma visita ao
veterinário; pois, a rapidez no início do tratamento faz toda a diferença para
a qualidade de vida do animal.
Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos
Embora suas causas não
sejam sempre definidas, uma série de fatores pode influenciar o aparecimento da
Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos (DTUIF), incluindo infecções
bacterianas, pedras no trato urinário e até mesmo sedentarismo.
Predisposição
genética, idade, estresse e uma alimentação pouco balanceada também podem ser
de grande influência para o aparecimento da doença nos gatos, que pode causar
sangue na urina, dificuldade em urinar, aumento do volume de urina e a micção
em locais atípicos, além do principal sintoma, que é a obstrução uretral.
A reposição dos
fluidos perdidos pelo animal é a principal forma de tratamento, e atitudes
simples podem ser bastante eficientes na prevenção desse tipo de problema, como
fornecer uma dieta balanceada aos gatos (com rações secas e úmidas, além de
muita água), e evitar o confinamento e o sedentarismo, mantendo caixas de areia
sempre limpas e disponíveis.
Verminoses e outras Parasitoses Intestinais
Bastante comum em
gatos e cães, as verminoses e parasitoses em bichanos são zoonoses causadas
pela penetração de larvas e hospedeiros de vermes e parasitas nos bichanos.
Carnes cruas, pulgas e roedores são alguns dos principais agentes transmissores
das doenças desse tipo, e devem ser evitados na vida do felino para que ele
corra riscos menores de contaminação.
Podendo ser
transmitidas, também, por meio da amamentação de uma gata contaminada para a
sua cria, as complicações dessa categoria desencadeiam sintomas que incluem
desde o aumento do volume abdominal e fezes moles e com a presença de parasitas
até vômitos, anemia e a obstrução de órgãos como estômago, intestino e coração
– podendo levar o animal a morte quando não tratadas com rapidez.
A vermifugação e as
higienizações constantes estão entre as maneiras mais eficientes de prevenção
das verminoses e parasitoses, sendo que o tratamento para as doenças
desencadeadas por tais agentes inclui, também, a administração de medicamentos
antibióticos para os gatos.
Retroviroses
Podendo acometer
bichanos de qualquer idade, as Retroviroses felinas têm a FIV – Vírus da
Imunodeficiência Felina (também conhecida como a AIDS Felina) e a FeLV –
Leucemia Felina como suas principais referências, e podem ser fatais, já que
deixam o organismo dos bichanos infectados sem proteção alguma para outras contaminações
mais graves.
Perda de peso, apatia
e perda de apetite são alguns dos principais sintomas das retroviroses em
gatos, facilitando o aparecimento de outras infecções e problemas como
diarreia, otites, gengivites, tumores, anemia e até mesmo alterações
neurológicas e mudanças bruscas de comportamento.
Evitar deixar o felino
em ambientes com aglomeração de gatos e mantê-lo em casa para evitar brigas com
bichanos de rua são algumas das formas de prevenir que seu animal seja
infectado por estas doenças - transmitidas por meio do contato direto com
animais contaminados, incluindo mordidas e lambeduras.
Sem cura, as
retroviroses felinas são tratadas para que sejam diminuídos os sintomas das
doenças no bichano, permitindo que ele leve uma vida com mais qualidade e por
mais tempo.
Micoplasmose
Causada pelos
parasitas celulares haemofelis ou haemominutum, a Micoplasmose Felina causa
desidratação, dores nas articulações, apatia, perda de peso, aumento de
temperatura e mucosas de cor amarelada nos gatos acometidos pela doença, sendo
a anemia a sua principal característica.
A pulga é um dos
agentes transmissores mais comuns da doença, no entanto, acredita-se que as
mordidas de gatos contaminados também possam propagar a complicação. Boa parte
dos felinos que desenvolvem os sintomas mais graves da doença têm o sistema
imunológico comprometido por doenças como a FIV e a FeLV, e devem ser testados
para verificar a presença da Leucemia ou da AIDS Felina.
O tratamento da
micoplasmose felina é feito com o uso de antibióticos, e pode ser acompanhado
por medicamentos que incluem corticoides e anti-anêmicos, além de medidas de
suporte como transfusões de sangue. Em muitos casos, mesmo quando assintomáticos,
os gatos ainda são portadores do problema, e o acompanhamento da saúde o
bichano com um profissional veterinário é extremamente importante para evitar
reincidências da complicação.
Intoxicações
As intoxicações em
gatos são, além de comuns, bastante prejudiciais e capazes de levar o pet à
morte em questão de horas, quando não tratadas imediatamente. Plantas,
rodenticidas (venenos para ratos) e parasiticidas (remédios contra parasitas)
são alguns dos fatores principais para a causa de intoxicações em felinos, que
acabam entrando em contato com esse tipo de substância de maneira frequente e,
muitas vezes, sem o conhecimento de seu proprietário.
Convulsões,
hemorragias, tremores, dificuldade para respirar, alteração de consciência e
vômitos são alguns dos principais sintomas de um bichano intoxicado e, ao notar
qualquer destes sinais, o animal deve ser encaminhado imediatamente para uma
clínica veterinária – diminuindo os riscos de morte do pet por meio do pronto
atendimento.
A administração de antídotos
específicos e a internação do gato para a observação são algumas das medidas de
tratamento mais comuns nestes casos, sendo que transfusões de sangue também
podem ser recomendadas de acordo com o caso.
Doença Inflamatória Intestinal
Também conhecida pela
sigla DII, a doença inflamatória intestinal nos felinos é causada pela entrada
de células inflamatórias no trato gastrointestinal dos bichanos, e não há um
agente específico conhecido.
Causando sintomas como
vômitos crônicos, diarreia com sangue, perda de apetite e de peso, a doença só
pode ser diagnosticada com certeza por meio da biópsia do intestino do animal,
já que diversos outros problemas também desencadeiam os sinais mais típicos da
DII. Comum em gatos idosos, a doença é tratada por meio de dietas balanceadas e
medicamentos anti-inflamatórios.
Linfoma alimentar
Tido como uma
neoplasia (crescimento celular exagerado) maligna que se mostra cada vez mais
comum aos gatos, o Linfoma Alimentar é, também, uma das doenças de diagnóstico
mais complicado. Afetando o trato gastrointestinal, a doença tem uma propensão
maior a ocorrer em felinos mais velhos e da raça Siamês, podendo prejudicar,
ainda, fígado, esôfago e pâncreas.
Tendo diarreias, perda
de peso, dificuldade em defecar, fezes com sangue e vômitos entre os seus
principais sintomas, o linfoma alimentar é uma das doenças que mais cresceu em
incidência no mundo dos felinos ao longo dos últimos anos.
Tratados de acordo com
a gravidade do caso, os linfomas podem ser divididos em células grandes e pequenas,
sendo que a quimioterapia endovenosa e a administração de medicamentos orais
específicos são, respectivamente, as formas mais indicadas de tratamento –
podendo proporcionar uma sobrevida de até 2 anos.
Hepatopatias
As Hepatopatias
(doenças hepáticas) mais conhecidas no mundo felino são a Lipidose Hepática e o
Complexo Colangiohepatite, sendo que cada uma delas conta com características
específicas e diferenciadas.
Causada pela falta de
alimentação prolongada, a Lipidose Hepática causa vômitos, anorexia, perda de
peso e alterações neurológicas nos gatos, podendo desencadear cegueiras,
salivação excessiva e até convulsões nos bichanos. Seu diagnóstico é feito por
meio de exames laboratoriais, radiografias, ultrassonografias e possivelmente
biópsias; e seu tratamento tem uma dieta balanceada como base, podendo incluir,
ainda, a internação do animal e a administração de vitaminas e medicamentos
específicos, em casos extremos são utilizadas sondas esofágicas para
alimentação forçada.
Consistindo na inflamação
do ducto biliar e do fígado, o Complexo Colangiohepatite pode ser classificada
como aguda, crônica ou linfocítica. Anorexia, vômitos, diarreia, desidratação,
depressão, febre e dor abdominal fazem parte da lista de possíveis sinais da
doença, sendo que a pancreatite e a inflamação intestinal também podem se
manifestar junto com ela.
Seu diagnóstico pode
ser indicado por meio de exames de sangue e confirmado por meio de uma biópsia
hepática. O tratamento varia de acordo com a gravidade do caso, sendo feito com
medicamentos antibióticos na grande maioria das vezes; e podendo ser
acompanhado, inclusive, por estimuladores de apetite para o bichano.
Tendo conhecimento
destas complicações, fica evidente a necessidade de atenção e cuidados dos
donos dos bichanos, sendo válido salientar mais uma vez que, no caso de
observação de qualquer sintoma no felino, a visita a um médico veterinário se
faz primordial.
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http://www.cachorrogato.com.br/gato/causas-doencas-gatos/
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