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CACHORRO É MELHOR QUE GENTE

Este blog é para aquelas pessoas que como eu são apaixonadas por cachorros e conhecem o amor e lealdade incondicionais desses animais.

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Alimentação de cães com problemas de fígado

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O fígado é um órgão que cumpre várias funções. Tem alta capacidade de regeneração e grandes reservas funcionais. Isso explica por que os sinais clínicos são observados somente quando estas reservas foram esgotadas por uma doença progressiva.

Ele é essencial para a digestão, absorção, metabolismo e armazenamento da maioria dos nutrientes. Também participa na desintoxicação, catabolismo e excreção de inúmeras toxinas, hormônios e xenobióticos.

Assim, a descompensação da função hepática está associada à desnutrição, intoxicação, desequilíbrio hídrico e as principais anomalias metabólicas. Felizmente, o fígado possui inúmeras reservas funcionais e o parênquima hepático dispõe de uma capacidade de regeneração extraordinária.

Um mau funcionamento do fígado pode causar desordens metabólicas sérias resultando na alteração da utilização dos nutrientes. O fígado intervém no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas, além de estocar inúmeras vitaminas e minerais.

Os cães com hepatopatias crônicas comumente apresentam desnutrição devido a fatores como: anorexia e náuseas, que resultam em hiporexia (redução no consumo de alimento); prescrição incorreta da dieta, principalmente com restrição de proteína, má digestão e assimilação dos nutrientes (nos casos de cirrose e hipertensão portal); e aumento das necessidades energéticas, que chamamos de hipermetabolismo.

O suporte nutricional tem demonstrado ser fundamental para o manejo das hepatopatias, tanto em seres humanos como em animais de companhia.

Os objetivos são proporcionar condições ótimas para o reparo e regeneração do órgão e evitar ou tratar as complicações da insuficiência hepática, como a encefalopatia ou a ascite.

Tanto no cão como no gato, os três principais objetivos da abordagem nutricional da doença hepática são os seguintes:

Fornecer a ingestão nutricional ideal de nutrientes e energia; manter o aporte calórico adequado é prioridade absoluta, especialmente nos casos de doenças hepáticas, para prevenir a perda de massa magra e peso.

Perda de peso substancial, perda de massa muscular e hipoalbuminemia são sinais típicos de desnutrição em animais afetados por insuficiência hepática.

Anorexia, vômitos, má digestão, absorção e metabolismo dos nutrientes, aumento do catabolismo proteico e síntese insuficiente de proteínas explicam o mau estado destes animais.

O uso de fontes calóricas não proteicas é importante para prevenir a mobilização de aminoácidos como fonte energética, evitando ou diminuindo o processo de gliconeogênese hepática.

As dietas devem apresentar alta densidade energética para atender as necessidades calóricas e para diminuir o volume de alimento a ser fornecido. A quantidade necessária de proteína para manutenção, reparação e regeneração celular varia com o tipo e gravidade da hepatopatia.

É importante também corrigir a má nutrição satisfazendo as necessidades energéticas e nutricionais de manutenção (aminoácidos, potássio e zinco, bem como algumas vitaminas, especialmente vitaminas B, C e K).

Otimizar a regeneração dos hepatócitos; apoiar a regeneração hepatocelular, fornecendo uma quantidade suficiente de nutrientes, principalmente proteínas, L-carnitina e vitaminas do complexo B.

Uma quantidade adequada de proteína com alta digestibilidade favorece a regeneração do parênquima hepática. Os quadros de cirrose que apresentam encefalopatia hepática são mais difíceis de serem conduzidos, pois, esses animais necessitam de aporte proteico para manutenção do balanço nitrogenado, porém a ingestão de proteína pode resultar em encefalopatia hepática.

Por outro lado, se entrarem em balanço nitrogenado negativo, os animais podem ficar desnutridos, hipoalbuminêmicos, com piora da função hepática e estado geral.

A manutenção do balanço nitrogenado pode apresentar efeitos positivos sobre a encefalopatia hepática, pois facilita a regeneração hepática.

O objetivo é proporcionar ao animal doente a quantidade máxima de proteína sem exceder a tolerância antes das manifestações da encefalopatia hepática.

L-carnitina é uma amina quaternária necessária para o transporte de ácidos graxos de cadeia longa a partir do citoplasma da célula para as mitocôndrias, que são os pequenos elementos dentro das células que irão produzir energia a partir de lipídios.

As principais áreas de produção de L-carnitina em cães e gatos são o fígado (principalmente), o cérebro e os rins. As vitaminas do complexo B são altamente concentradas no fígado sendo armazenadas na forma de coenzimas.

Portanto uma doença hepática pode resultar em deficiências de vitaminas estocadas no fígado tais como as vitaminas do complexo B. Durante a regeneração dos hepatócitos há uma exigência crescente destas vitaminas podendo ser observada deficiência em alguns casos.

Evitar o acúmulo de cobre e combate contra os radicais livres; o cobre é absorvido pela ligação com as proteínas do fígado. Esta capacidade de armazenamento é, contudo, limitada, e o excesso de cobre é eliminado pela bile.

Concentrações anormais de cobre podem ocorrer a partir de um defeito no metabolismo do cobre, relatado em determinadas raças de cães (Bedlington Terrier, West Highland White Terrier, Sky Terrier, Dálmata, Dobermann Pinscher) ou, secundariamente, como resultado de doença hepática crônica que cause colestase. Níveis de cobre anormais podem danificar hepatócitos.

O cobre apresenta um alto nível de toxicidade quando não está ligado às proteínas, em cães com doença hepática crônica ou caquexia.

Na presença de íons superóxido, o cobre catalisa a formação de radicais hidroxila (uma forma particularmente tóxica de radicais livres) que provocam a necrose dos hepatócitos. Ingestão de cobre deve ser restrita em animais com insuficiência hepática ou colestase.

Os radicais livres são componentes importantes das maiores formas de lesões do fígado. As concentrações anormais de ácidos biliares e a acumulação de metais pesados, tais como cobre e ferro, provocam a produção de radicais livres no fígado.

Os antioxidantes permitem ao organismo combater os efeitos destruidores dos radicais livres (cientificamente chamados “espécies reativas de oxigênio”), elementos instáveis derivados do oxigênio, produzidos constantemente pelo organismo.

Os antioxidantes dietéticos mais utilizados são a vitamina E, a vitamina C, os pigmentos carotenoides, a taurina e os polifenóis.

O tratamento das doenças hepáticas requer cuidadosa atenção das necessidades particulares de cada paciente. O manejo nutricional objetiva reduzir o trabalho hepático e ao mesmo tempo atender as necessidades proteico-calóricas, vitamínicas e minerais de manutenção e promover a regeneração do órgão lesado.

Os alimentos com estes propósitos devem ser formulados com ingredientes de qualidade superior, para suprir a demanda proteica necessária e apresentar alta densidade energética, com adequados teores de carboidrato e gordura, para diminuir o volume a ser administrado e para reduzir o uso de proteínas como fonte energética, evitando a formação de produtos nitrogenados.

Na sequência do tratamento cirúrgico (shunts hepáticos) e/ou médico (lipidose hepática), se o fígado do animal readquirir o funcionamento normal, a dieta habitual de manutenção poderá ser reintroduzida gradualmente. Em outros casos, a terapêutica nutricional é necessária durante toda a vida do animal.

O fígado é um órgão muito importante para o bom funcionamento do organismo, sendo responsável por cerca de 1.500 funções bioquímicas, que incluem, entre outros, um papel fundamental na digestão, absorção e aproveitamento dos nutrientes.

Também não existe uma formulação que funcione bem para todos os tipos de doenças hepáticas, já que, a depender do quadro do paciente, são necessárias adaptações.

A maioria dos autores concorda que a restrição de proteínas deve ser a menor possível, e que ela normalmente não é necessária a não ser que o cão esteja apresentando um quadro de encefalopatia hepática.

Em outras palavras: para a maioria dos cães com doenças de fígado, um alto teor de proteínas de boa qualidade é benéfico, e ajuda a prevenir a caquexia e a ascite (“barriga d’água”); por outro lado, em algumas condições específicas, (encefalopatia hepática), pode ser necessário reduzir o teor de proteínas na dieta.

Em todos os casos, a fonte de proteína deve ser de alta qualidade e fácil digestão: carnes brancas, como frango e peixe, e mesmo ovo, são as melhores opções. As carnes vermelhas devem ser evitadas.


Como já mencionamos no início do texto, os pacientes com doenças hepáticas sofrem com a perda de peso, podendo chegar à caquexia. Uma dieta com alta concentração energética é recomendável, para que o cão consiga ingerir uma quantidade razoável de calorias mesmo comendo pouco, já que o seu apetite geralmente está reduzido. 

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